O Ibovespa teve um dia para esquecer: queda de 1,39%, aos 127.652,06 pontos, uma robusta perda de quase 1,8 mil pontos
Por Misto Brasil – DF
O dólar à vista disparou nesta quinta-feira (18), fechando próximo da máxima de R$ 5,589 à medida que investidores retomam posições defensivas no Brasil em meio ao acirramento das preocupações com o ajuste das contas públicas brasileiras.
O avanço dos rendimentos dos Treasuries americanos no exterior foi outro fator de sustentação da moeda norte-americana frente ao real, em especial na segunda metade do dia. Às 16h38 (horário de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia 5 pontos-base, a 4,198%.
O dólar comercial fechou com um salto de 1,89%, a R$ 5,587 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha alta de 1,76%, a 5.594 pontos.
Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,485 na venda, após alta de 1,03%. Em dois dias, a divisa saltou 2,94%, ou o equivalente a 16 centavos de real, conferiu o InfoMoney.
O Ibovespa teve um dia para esquecer: queda de 1,39%, aos 127.652,06 pontos, uma robusta perda de quase 1,8 mil pontos. O índice não recuava com essa magnitude desde 12 de junho último, quando perdeu 1,40%.
O culpado por esse dia desastroso foi, mais uma vez, o fiscal no Brasil. O déficit primário recorrente do Brasil foi de 1,6% do PIB nos 12 meses encerrados em junho de 2024, de acordo com Relatório de Acompanhamento Fiscal, da Instituição Fiscal Independente (IFI), divulgado hoje.
A instituição calcula que será necessário um esforço fiscal equivalente a 1,3 ponto percentual do PIB para que seja alcançada a meta fiscal de déficit primário zero do governo em 2024. As receitas teriam crescido 6,0% e as despesas teriam aumentado em 10,9% no primeiro semestre de 2024.