O dólar comercial chegou a ser negociado a R$ 5,86 na máxima do dia, antes de respirar e fechar com mais R$ 5,74, alta de 0,56%
Por Misto Brasil – DF
O dia começou tumultuado no mercado financeiro do Brasil, em consequência das bolsas asiáticas e norte-americanas.
Mas terminou com perdas mais suaves do que o esperado, pelo menos no Brasil, onde o Ibovespa perdeu “só” 0,46%, aos 125.269,54 pontos, com baixa de 584,55 pontos.
“Só”, entre aspas, porque no final ficou longe da mínima de 123.073,16 pontos. Só que isso foi no Brasil. Lá fora, foi um deus-nos-acuda, com todo mundo tentando largar suas posições e um banho de sangue para todo lado.
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O dia começou com a derrocada de 12,4% do índice de japonês Nikkei, na maior baixa diária desde o crash de 1987 e queda de 25% em relação à máxima histórica vista em julho. Leandro Marchioretto, sócio e diretor de câmbio da Alta Vista, explica: “basicamente, o carry trade no caso específico do Japão e a aversão a mercados emergentes e risco de recessão global pelos dados (recentes) americanos” puxam o sentimento.
O dólar comercial chegou a ser negociado a R$ 5,86 na máxima do dia, antes de respirar e fechar com mais R$ 5,74, alta de 0,56%.
Os dados de empregos nos EUA na sexta-feira (02), que se somaram a uma série de balanços corporativos fracos de grandes empresas de tecnologia e ao aumento das preocupações com a economia chinesa, levaram a uma liquidação global nos mercados de ações, petróleo e moedas de alto rendimento, com os investidores buscando ativos mais seguros.
As perdas ainda foram amplas. Vale desceu 1,06%, descartando a alta do minério de ferro. Petrobras acompanhou o mau humor e mais uma baixa do petróleo internacional e recuou 0,08%, recuperando-se bastante nos minutos finais. B3 desvalorizou durante todo o dia e terminou no zero a zero.
As varejistas perderam terreno em sua maioria, com Magazine Luiza 0,26% no vermelho, embora Lojas Renner tenha conseguido segurar 1,53% no azul.