Casos da mpox na Europa e da febre do Oropouche no Brasil

Ansiedade máscara pandemia Covid-19
O uso da máscara é uma alternativa também para se defender de doenças/Arquivo/Hospital Santa Mônica

É “altamente provável” que a Europa confirme novos casos importados da variante 1b da mpox que circula na África

Por Paula Laboissiêre – DF

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira (16) que novos casos importados da variante 1b da mpox, que circula na África, devem ser registrados na Europa ao longo das próximas semanas.

A Suécia confirmou a primeira infecção pela variante na quinta-feira (16).

Em nova avaliação de risco, o ECDC avaliou como “altamente provável” que a Europa confirme novos casos importados da variante que circula na África, mas classificou a probabilidade de transmissão sustentada da variante no continente como “muito baixa”, desde que os casos sejam diagnosticados rapidamente e medidas de controle sejam implementadas.

Devido ao grande fluxo de viagens entre países da Europa e da África, o ECDC recomenda que Estados-membros da União Europeia publiquem orientações de viagem para pessoas que estão visitando ou retornando de áreas afetadas pelo surto de mpox no continente africano.

A probabilidade de infecção, nesses casos, foi avaliada pela entidade como “alta”.

“Além disso, existe risco moderado, na União Europeia, para contatos próximos de casos importados suspeitos ou confirmados para mpox”, destacou a entidade no comunicado.

“Como resultado da rápida propagação deste surto na África, o ECDC aumentou o nível de risco para a população em geral na União Europeia e para viajantes para áreas afetadas. Devido às estreitas ligações entre Europa e África, devemos estar preparados para mais casos importados da nova variante”, avaliou a diretora do centro, Pamela Rendi-Wagner.

Casos de febre do Oropouche no Brasil

Dentre as 27 unidades da federação que compõem o país, apenas Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul ainda não registram casos de febre do Oropouche em 2024.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses indicam que Mato Grosso do Sul e Paraíba notificaram um caso cada; São Paulo, cinco casos; Alagoas, seis; e Tocantins, oito. Até o início da semana, o Brasil contabilizava 7.653 casos da doença e duas mortes.

O Amazonas lidera o ranking de infecções por febre do Oropouche, com 3.228 casos. Em seguida aparecem Rondônia (1.710 casos), Bahia (844 casos), Espírito Santo (441 casos) e Acre (270 casos).

Em julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes pela doença no interior da Bahia. Até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito por febre do Oropouche.

Segundo a pasta, as duas vítimas eram mulheres, tinham menos de 30 anos de idade e não registravam nenhum tipo de comorbidade. Ambas apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao quadro de dengue grave.

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