Distrito Federal tem baixo desempenho no Programa Previne Brasil

Hospital corredor pediatria DF Misto Brasil
Atendimento pediátrico na rede pública de saúde do Distrito Federal/Arquivo/Divulgação/Saúde

A constatação é de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas. Na cobertura do exame de Papanicolau, o resultado alcançado foi de apenas 14%

Por Misto Brasil – DF

A auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) identificou baixo desemprenho em indicadores do Programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde, no Distrito Federal.

Os indicadores de desempenho das UBSs apresentaram resultados de 26 a 34 pontos percentuais menores que a meta.

Esses dados são relativos a ações de saúde da mulher e prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Na cobertura do exame de Papanicolau (citopatológico), por exemplo, a meta era atingir 40%, mas o resultado alcançado no primeiro quadrimestre de 2023 foi de apenas 14%.

Esse exame é utilizado para identificar alterações em células do útero que antecipem a detecção de lesões relacionadas ao câncer de colo de útero.

O relatório de auditoria também destacou o baixo desempenho dos indicadores de proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado e de proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre. Esses percentuais atingiram 49% e 24% do parâmetro estabelecido enquanto as metas eram 60% e 50%.

Os acometimentos das vias respiratórias são os de maior índice de internações e, somados, perfazem um total de 39,28%.

“A análise das condições de maior prevalência é relevante para indicar ações específicas em determinadas patologias para prevenção de internações hospitalares. Assim, o manejo de pacientes com acometimentos respiratórios, a exemplo de asma e bronquite, pode ser ponto chave para redução dessas internações”, revela o documento.

A Corte de Contas determinou a criação de um Plano de Ação que estabeleça as medidas a serem adotadas para aprimorar e garantir a resolutividade e melhor desempenho da Atenção Primária à Saúde, com descrição dessas ações, respectivo cronograma e área responsável pela implementação.

“Uma Atenção Primária resolutiva permite o funcionamento eficiente da rede pública de saúde, porque resolve a maioria das queixas, encaminhando para a atenção de média e alta complexidade – de maior custo e de alta especialização – somente os casos estritamente necessários”, de acordo com o relatório, segundo informou a assessoria do TCDF.

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