Desvalorização no Ibovespa e pouco crescimento do dólar

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O dólar norte-americano é a moeda preferida em todo o mundo/Arquivo/ONU
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O dia foi tão pesado que a desvalorização de 1,41% do Ibovespa é a maior em um só dia desde 7 de junho, quando o índice recuou 1,73%

Por Misto Brasil – DF

O Ibovespa recuou 1,41%, aos 134.572,45 pontos, uma perda de 1.930,04 pontos, levando a semana a terminar no negativo, com 1,05%, após quatro semanas no azul – a última que havia encerrado no vermelho compreende os pregões de 29 de julho a 2 de agosto, com 1,29%.

O dia foi tão pesado que a desvalorização de 1,41% do Ibovespa é a maior em um só dia desde 7 de junho, quando o índice recuou 1,73%.

No cenário doméstico, os investidores concentraram as atenções no noticiário corporativo, na expectativa por dados de inflação na próxima semana. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto será divulgado na próxima terça-feira (10), observou o MoneyMoney.

O dólar comercial também sofreu. Iniciou o dia com uma queda consistente, mas virou para alta e não arrefeceu mais. No final, avanço de 0,35%, a R$ 5,59. Os juros futuros (DIs) terminaram a sessão com altas por toda a curva.

No acumulado dos últimos cinco pregões, a divisa norte-americana caiu 0,80%.

A dúvida sobre o tamanho do nas taxas de juros que o Federal Reserve, dos Estados Unidos, e já ultrapassa há muito a questão sobre se o Fed vai ou não cortar as taxas em setembro. Isso parece ser passado há um bom par de semanas. O embate agora é o tamanho desse corte, que iniciaria um ciclo de queda das taxas, após a pandemia.

Tudo isso porque hoje, antes da abertura dos mercados, os EUA divulgaram o payroll de agosto, com criação de 142 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, menos que o esperado pelos analistas.

O dado do mercado de trabalho veio bem acima das 89 mil vagas criadas em julho, mas esse foi um número bem revisado para baixo (de originalmente 114 mil divulgados).

Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, ressalta que, “no geral, os dados do mercado de trabalho têm mostrado uma tendência de desaceleração nos últimos meses”. Ela lembra que isso vai ter “mais importância na próxima decisão do Fed do que a inflação, que está sob controle, apesar de ainda acima da meta, anotou o InfoMoney.

O recuo de agosto na taxa de desemprego deve levar o Fed a fazer um corte de 0,25 [ponto percentual] na taxa de juros.”. Essa é uma visão.

Outra visão é que o corte será de 50 pontos-base. Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, entende que o payroll de agosto “acentuou a frustração apontada pelo ADP” (relatório de empregos divulgado ontem): “avaliamos que a divulgação reforça a perspectiva de que o Fed deverá iniciar o ciclo de afrouxamento de forma mais agressiva, com um corte de 50bps.

Além disso, aumenta a probabilidade de um ciclo de afrouxamento ainda mais profundo este ano”.

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