Colômbia e Brasil lideram os números de assassinatos de ativistas

Floresta primária Brasil Misto Brasília
A destruição florestas essenciais para o equilíbrio ambiental continua acelerada/Arquivo/BBC

O Brasil aparece com 25 mortes num relatório divulgado hoje pela ONG Global Witness e que tem com referência o ano passado

Por misto Brasil – DF

Em 2023, pelo menos 196 ativistas foram assassinadas em todo o globo por defenderem o direito à terra e ao meio ambiente saudável. A Colômbia foi o país que registrou mais violência do tipo, com 79 mortes; e o Brasil aparece na sequência, com 25.

O levantamento divulgado nesta terça-feira (10) é da ONG Global Witness, sediada no Reino Unido.

“O número real de assassinatos é provavelmente maior”, afirma a organização. Desde que o acompanhamento começou a ser feito, em 2012, foram contabilizadas 2.106 mortes de ativistas defensores do meio ambiente e do uso coletivo dos recursos naturais.

A América Latina ainda é o lugar com mais assassinatos, com 85% de todos os casos documentados em 2023. Depois de Colômbia e Brasil, Honduras e México empataram na terceira colocação do ranking, com 18 crimes do tipo cada.

“O assassinato continua sendo uma estratégia comum para silenciar defensores e é, sem dúvidas, a mais brutal”, diz o relatório.

“Ataques letais geralmente ocorrem junto com retaliações mais amplas contra defensores que estão sendo alvos de governo, empresas e outros atores com violência, intimidação, campanhas de difamação e criminalização”, aponta a ONG.

Em relação ao ano anterior, o número de assassinatos de ambientalistas no Brasil teve uma queda, de 34 para 25 vítimas em 2023. A principal fonte de dados usada para o levantamento da Global Witness é a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que há décadas mapeia a violência no campo.

“Já faz anos que o Brasil se configura como uma das regiões mais perigosas para aqueles que fazem a defesa do meio ambiente e da luta pela terra”, disse à DW Ronilson Costa, coordenador nacional da CPT.

“Não são apenas números, são nomes de pessoas que passaram por longo processo de difamação por fazerem a luta por seus direitos, por seus povos”.

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