Dólar à vista encerrou o dia interrompendo a sequência quedas

Dólar moeda americana Misto Brasil
O dólar serve para garantir reservas e ganhos num mercado volátil/Arquivo
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Investidores têm se mostrado mais céticos quanto à continuação da valorização do Ibovespa em junho, julho e em agosto

Por Misto Brasil – DF

Depois de uma semana agitada por decisões de política monetária, o dólar à vista encerrou o dia interrompendo a sequência de sete quedas consecutivas.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,5209 (+1,78%) nesta sexta-feira (19). Na semana, a divisa caiu 0,83%, informou o MoneyTimes.

O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em alta de 0,15%. Mas com o corte dos juros nos Estados Unidos, o índice terminou a semana com baixa de 0,34%.

O dólar ante o real seguiu a tendência do exterior, com a recuperação da divisa norte-americana.

Sem dados econômicos importantes para gerar pressão, o dólar recebeu um leve impulso da decisão de política monetária do Banco do Japão, que decidiu manter sua taxa de curto prazo em 0,25%.

Em mercados emergentes, a moeda norte-americana ainda foi favorecida por preços de commodities mais fracos, incluindo minério de ferro e petróleo, o que prejudica países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.

O Ibovespa estendeu as perdas da sessão anterior puxado por commodities e Wall Street ‘mais fraca’, em dia de vencimento de opções.

Nesta quinta-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 1,55%, aos 131.065,44 pontos. Na semana, o índice acumulou queda de 2,84%.

No cenário doméstico, os investidores operaram na expectativa pela divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre. A coletiva de imprensa acontecerá na segunda-feira (23).

Na visão de estrategistas do BTG Pactual, após uma boa recuperação nos últimos meses, investidores têm se mostrado mais céticos quanto à continuação da valorização do Ibovespa, que subiu 1,48% em junho, 3,02% em julho e 6,54% em agosto.

“Embora os juros tenham sido reduzidos nos EUA…, investidores locais estão preocupados com a situação fiscal – a proposta orçamentária para 2025 parece irrealista – e inseguros sobre como o ciclo de aperto monetário no Brasil poderá afetar as ações locais”, afirmaram Carlos Sequeira e equipe.

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