Reino Unido pede “coragem” para autorizar Ucrânia a atacar a Rússia

Ucrania posto de comando comandante Oleksandr Syrsky Misto Brasil
Oleksandr Syrsky no posto de comando com o estado maior da Ucrânia/Arquivo/Oleksandr Syrsky

Apesar dos apelos de Vladimir Zelensky, não houve permissão para que o seu país dispare mísseis de longo alcance

Por Misto Brasil – DF

Neste domingo (22), o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, disse que o Ocidente deve mostrar “coragem” em seu apoio à Ucrânia e permitir que o país use mísseis de longo alcance para atingir território russo.

As falas de David Lammy foram feitas em um evento paralelo do Partido Trabalhista britânico. Ao seu lado estava o ex-comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, relegado ao posto de embaixador no Reino Unido após ser demitido por Zelensky.

“Este é um momento crítico para nervos, coragem, paciência e fortitude em nome dos aliados que estão com a Ucrânia. Não vou, como secretário de Relações Exteriores, é claro, comentar detalhes operacionais. Mas há uma discussão ocorrendo entre os aliados sobre como podemos apoiar a Ucrânia à medida que nos aproximamos do inverno.”

Apesar dos apelos de Vladimir Zelensky, o Reino Unido e os Estados Unidos não deram permissão à Kiev para que dispare seus mísseis de longo alcance, como o Storm Shadow britânico e o ATACMS norte-americano, em alvos dentro da Rússia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, têm tido discussões frequentes em relação ao tema. É esperado que uma decisão seja alcançada às margens da 79ª Assembleia Geral da ONU, que acontece em Nova York nesta semana.

Ainda que os ucranianos obtenham esses armamentos, eles não seriam os autores de seus disparos. Somente os países desenvolvedores desses mísseis conseguem inserir os dados de voo e as informações de satélite para que o disparo seja efetuado. Isso significa que, na prática, quem escolhe os alvos são os países fornecedores.

De acordo com a Agência Sputnik, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a utilização de armas ocidentais desta maneira implicaria no envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito. Se isso acontecer, a Rússia será forçada a tomar decisões com base nessas novas ameaças.

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