Incendios no Pantanal e Amazônia impulsionaram emissões de carbono

Pantanal incêndio junho de 2024 Misto Brasil
Incêndios atingem grandes áreas do bioma do Pantanal/Arquivo/Reproduçào X

Somente no mês de setembro, os incêndios florestais liberaram 65 megatoneladas de carbono, segundo um estudo de hoje

Por misto Brasil – DF

O total acumulado de emissões de carbono nos incêndios florestais deste ano no Brasil têm sido maior do que a média registrada para queimadas no país em quase 20 anos.

Os dados são do Copernicus, o programa de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia (UE), divulgados nesta segunda-feira (23).

Essas emissões são impulsionadas, sobretudo, por incêndios registrados nos biomas do Pantanal e da Amazônia.

No Brasil, as emissões totais de queimadas acumuladas durante o ano de 2024 superaram a média, chegando a cerca de 183 megatoneladas de carbono até a data de 19 de setembro.

Segundo os dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico do Observatório Copernicus (Cams), seguindo uma trajetória similar a registrada em 2007, ano em que essas emissões bateram recorde. Somente no mês de setembro, os incêndios florestais liberaram 65 megatoneladas de carbono.

Os índices de emissões de carbono resultantes de queimadas na região amazônica, particularmente no Amazonas, e no Mato Grosso do Sul, estiveram constantemente acima média – superando inclusive os recordes nacional e regionais.

As emissões nesses dois estados foram as maiores já registradas nos últimos 22 anos, no Amazonas ficando em 38 megatoneladas, e no Mato Grosso do Sul, em 25 megatoneladas.

Na Bolívia, os incêndios florestais neste ano incêndios florestais indicam que o país já tenha atingido o maior total anual registrado pelo Cams, com quase 76 megatoneladas, superando o recorde de 73 megatoneladas de 2010.

O Copernicus destacou que essa situação afeta gravemente a qualidade do ar em toda a região e ressaltou que a ocorrência desses incêndios é algor fora do comum. No Brasil, as queimadas têm sido impulsionadas por uma seca histórica.

“As temperaturas extremamente altas que a América do Sul enfrentou nos últimos meses, a seca de longo prazo indicada pela baixa umidade do solo e outros fatores climatológicos provavelmente contribuíram para o aumento significativo da escala de emissões de queimadas, fumaça, e impactos na qualidade do ar”, afirma o Copernicus em nota.

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