Levantamentos de 2021 do IBGE sobre o PIB per capita identificaram os 10 estados mais pobres, nove estão no Nordeste
Por Deolindo Aguiar – PI
O indicador que permite avaliar o grau de pobreza ou riqueza da população de um Estado é a renda per capita. Ela resulta da divisão do produto interno bruto estadual, valor daquilo produzido em um ano, dividido pelo total de sua população.
Levantamentos de 2021, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) sobre o PIB per capita dos estados, disponíveis no OCP News, identificaram os 10 estados brasileiros mais pobres.
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São eles, do mais pobre para o de melhor situação: Maranhão, renda per capita de R$ 17.471,85, equivalente ao rendimento mensal de R$ 1.456, valor pouco superior ao salário mínimo de R$ 1.412.
Em seguida, Paraíba, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Amapá e Bahia.
Este último, com renda per capita mensal de R$ 1,4 salário mínimo.
Pelo que se nota, estão na lista todos os estados nordestinos e apenas o do Norte, o Amapá. É verdade, a renda per capita apresenta distorções, pois não considera a concentração de renda.
E, sendo assim, a situação é ainda pior. Crescer sem distribuir agrava ainda mais a situação do nordestino. Melhor os governantes deixarem cair a máscara de que o desenvolvimento econômico está possibilitando mais justiça social para todos.
O modelo da época do ex-ministro Delfin Neto continua. Primeiro, crescer para depois distribuir. Dezenas de anos se passaram e a situação da maioria do povo nordestino não mudou.
Continua grave, gravíssima. Tudo praticamente no mesmo lugar. Vale a pena refletir.