O movimento veio por conta do IPCA de setembro, que se subiu em linha com o esperado pelo mercado, mas com um gosto amargo
Por Misto Brasil – DF
A bolsa brasileira nesta quarta-feira (09) caiu 1,18% e voltou aos 129.962,06 pontos, uma queda de 1.549,67 pontos.
O índice não fechava abaixo dos 130 mil desde 8 de agosto de 2024, quando encerrou o dia com alta de 0,90%, aos 128.660,88 pontos. Mas aquela era a terceira alta de uma sequência de oito seguidas. Hoje, é a segunda queda consecutiva, informou o InfoMoney.
O dólar comercial chegou à terceira alta consecutiva, com mais 1,00%, a R$ 5,58. Os DIs (juros futuros) aceleraram, com alguns vértices de curto e médio prazos subindo quase 2%.
O movimento veio por conta do IPCA de setembro, que se subiu em linha com o esperado pelo mercado, mas com um gosto amargo.
“Qualitativamente, embora algumas métricas tenham mostrado desaceleração no curto prazo, há sinais claros de piora nas leituras mais recentes”, disse Igor Cadilhac, economista do PicPay. “As expectativas futuras continuam sendo um dos principais desafios”.
O economista acredita que o Copom deverá acelerar o ritmo e optar por uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic na reunião de novembro.
Leonardo Costa, economista do ASA, entende que, “a despeito da surpresa benigna de setembro, a inflação do núcleo de serviços segue orbitando entre 4,5-5%, nível elevado em vistas do centro da meta do Banco Central de 3%”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rápido comentário, diz que a seca prejudicou a leitura, mas que é uma “alta temporária”, ressaltando que aumento de juros “não vai fazer chover”.