Insegurança em Brasília: a integração é o caminho

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Moradores e comerciantes fizeram um protesto contra a insegurança/Arquivo/Reprodução vídeo
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As estatísticas indicam segurança, mas a realidade sentida pelos moradores sugere o contrário

Por Glenda Negreiros – DF

As recentes manifestações dos moradores da Asa Norte e do Noroeste, em Brasília, que expressam crescente preocupação com a violência na região, trouxeram à tona uma questão: a importância de uma integração mais efetiva entre seguranças pública e privada para garantir a tranquilidade dos cidadãos.

Brasília, uma das capitais mais seguras do Brasil, conforme apontado pelo Atlas da Violência de 2024, na prática é palco de inúmeros casos de violência.

Leia – protesto na Asa Norte contra a insegurança

As estatísticas indicam segurança, mas a realidade sentida pelos moradores sugere o contrário. A segurança privada, especialmente em condomínios e centros comerciais, têm um papel de suma importância para ajudar a reverter esse cenário.

Além disso, implementar tecnologias modernas, como câmeras de alta resolução e sistemas inteligentes de controle de acesso, pode ser uma primeira barreira contra o crime.

Nos condomínios, onde muitos brasilienses buscam refúgio da criminalidade, a tecnologia utilizada pela segurança privada assegura proteção, mas ela pode ser muito mais eficaz com a colaboração com as forças públicas, através da integração de sistemas de monitoramento e a troca de informações em tempo real.

Isso não apenas amplia a capacidade de vigilância, mas também facilita a atuação nas investigações, criando uma rede colaborativa de proteção. Por isso, a segurança privada deve atuar em parceria com as forças públicas, ampliando a vigilância e adotando um monitoramento integrado.

A cooperação entre segurança privada e forças públicas exige planejamento estratégico e ações colaborativas. Nos condomínios, as empresas de segurança privada desempenham seu papel na prevenção de incidentes e no monitoramento, complementando a proteção dos moradores.

Uma abordagem holística é necessária, envolvendo análises de risco personalizadas para cada comunidade, além de treinamentos contínuos para as equipes de segurança.

Embora já existam políticas públicas voltadas para a segurança e a inclusão social, ainda há espaço para um maior alinhamento e cooperação entre as forças de segurança pública e o setor privado. Juntos, podem enfrentar de maneira mais eficaz as causas subjacentes da criminalidade, como a pobreza e a falta de oportunidades.

Essa abordagem integrada, que alia tecnologia, planejamento estratégico, políticas públicas de inclusão e uma colaboração efetiva entre os setores público e privado, é o caminho mais promissor para que Brasília se consolide como uma cidade verdadeiramente segura para todos os seus habitantes.

As manifestações são, portanto, um chamado à ação, uma oportunidade de aprimorar as estratégias de segurança e garantir que todos os brasilienses, independentemente de onde vivam, possam desfrutar de uma vida mais segura e tranquila.

(Glenda Negreiros é especialista na área de segurança e trabalha na Brasfort)

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