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Julgamento de Mariana em Londres deve durar 5 meses

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Área afetada pelo rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais/Arquivo/Divulgação

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Solicitam indenização de R$ 230 bilhões pelo rompimento da barragem de Fundão, com resíduos minerais, que pertencia à Samarco

Por Misto Brasil – DF

Começa na próxima segunda-feira (21) o julgamento, em Londres, Reino Unido, contra a mineradora anglo-australiana BHP Billiton, acusada de ser responsável pelo desastre na cidade mineira de Mariana, que aconteceu em 2015.

A previsão é de que o processo seja concluído em março de 2025.

No processo britânico, os 46 municípios atingidos, cerca de 700 mil vítimas e 1,5 mil empresas são representados pelo escritório Pogust Goodhead.

Solicitam indenização de R$ 230 bilhões pelo rompimento da barragem de Fundão, com resíduos minerais, que pertencia à Samarco, joint-venture entre a companhia estrangeira e a siderúrgica Vale.

O escritório de advocacia britânico alega que a mineradora tinha conhecimento dos riscos do rompimento da barragem devido a fatores como participação de executivos da empresa nas reuniões do conselho e de comitês da Samarco, além de aprovação e financiamento de projetos.

A BHP Billiton era controladora da Samarco e responsável pelas decisões comerciais, atuando como beneficiária e financiadora da atividade de mineração que causou o desastre e deve ser civilmente responsável pelo colapso, segundo o escritório de advocacia.

A base legal do julgamento será o direito brasileiro, e as audiências começarão com declarações dos advogados de ambas as partes. A juíza responsável, Finola O’Farrell, já está lendo os documentos enviados pelos dois lados.

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