Jornal americano pergunta se o Supremo está salvando a democracia

Plenário STF sessão de julgamento Misto Brasil
Sessão de julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federa;/Arquivo/Rosinei Coutinho/STF
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O artigo não apresenta uma resposta direta à pergunta feita em seu título, mas relata a história recente do STF partindo dos vídeos em que Daniel Silveira

Por Misto Brasil – DF

O jornal americano The New York Times publicou um artigo nesta quarta-feira (16), intitulado O Supremo está salvando ou ameaçando a democracia?.

O texto é assinado pelo chefe da sucursal do jornal no Brasil, Jack Nicas. Segundo a publicação, Nicas conversou com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com procuradores da justiça federal, juízes federais e juristas para escrever o texto.

O artigo não apresenta uma resposta direta à pergunta feita em seu título, mas relata a história recente do STF partindo dos vídeos em que Daniel Silveira ataca os ministros da corte que o levaram à prisão.

Nicas define que o episódio de Silveira como uma peça da “crise institucional” que se estabelece no País.

O americano relata os acontecimentos desde o início do inquérito das fake news, as ordens do ministro Alexandre de Moraes para derrubar perfis e seu embate com Elon Musk que levou ao bloqueio do X (antigo Twitter), evento que o jornal considerou uma derrota para Musk.

A reportagem também relembra o fato de Jair Bolsonaro ter sido declarado inelegível até 2030 e dos julgamentos dos envolvidos no 8 de janeiro.

Nicas ouviu o ministro Dias Toffoli e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que defenderam a atuação da Corte. Os juízes consideraram que o Supremo não defende a si ou a seus membros, mas a democracia.

Por outro lado, Ubiratan Cazetta, procurador e presidente da Associação Nacional de Promotores de Justiça, falou ao jornalista que se preocupa com o preço por salvar a democracia.

A reportagem avalia que enquanto a esquerda agradece a corte por “salvar a democracia” a direita a acusa de censura.

A fala que resume o pensamento dos especialistas ouvidos foi dita pelo advogado especialista em direitos humanos, Tiago Amparo: ele avalia que as ações do Supremo são para tempos excepcionais, mas se pergunta se esses tempos já passaram.

O texto se encerra com uma fala de Barroso que afirma que o STF tem o direito de errar por último e que lidar com pessoas que a ameaçam a democracia é lidar com pessoas perigosas.

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