Entrevista – Delegado Cristiomário quer fazer do limão uma limonada

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Cristiomário Medeiros disse que é preciso se virar para ter recursos às demandas/Arquivo/Divulgação

População quer estabilidade e obras, educação e saúde, garante o Delegado Cristiomário, prefeito reeleito de Planaltina

Por Sionei Ricardo Leão – DF

Pernambucano de São José do Egito, Cristiomário de Sousa Medeiros, 53 anos, o Delegado Cristiomário, foi reeleito para um segundo mandato na Prefeitura de Planaltina, em Goiás. Ele continua como prefeito por mais quatro anos.

Concorrente pelo PP, Delegado Cristiomário obteve nas urnas 69,78% votos válidos, o que se traduz no aval de 33.748 eleitores que apertaram a tecla da candidatura dele no pleito do último 6 de outubro.

O resultado é mais que o dobro dos votos recebidos na primeira vez que conquistou o direito de governar os planaltinenses.

Leia – entrevista com o prefeito reeleito de Luziânia

Em 2020, Delegado Cristiomário teve 13.363 votos – o que corresponde a 33,24% dos válidos. Em números, portanto, ele dobrou o desempenho perante o eleitorado.

Ele é delegado da Polícia Civil de Goiás, se graduou em direito pela Universidade de Brasília (UnB).

Nesta entrevista exclusiva ao Misto Brasil, Delegado Cristiomário comentou que tem a missão de fazer “do limão uma limonada”, quanto a demanda de buscar recursos estaduais e federais para melhorar as condições de vida da população.

O município precisa de grandes investimentos na estrutura viária, na saúde e na educação.

Veja o que disse o prefeito nesta entrevista

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Cristiomário faz o sinal do 11 na urna de votação em Planaltina de Goiás/Divulgação

O senhor teve quase 70% dos votos válidos, uma ampla vantagem em relação ao segundo colocado, como avalia esse resultado?

Acredito que se deva a um mandato com muitas realizações. Conseguimos devolver muito a comunidade a sensação de segurança, transformando a cidade em diversas áreas. Nossa população quer continuar com a estabilidade e continuidade de obras na infraestrutura, educação e saúde.

O resultado das eleições municipais demonstrou avanço da direita em muitos municípios, o senhor considera que a sua vitória tem a ver com esse cenário?

Aqui em Planaltina não fizemos uma campanha ideológica, tanto que obtive votos de apoiadores de esquerda e de direita. O mais importante foi o que conquistamos no mandato, que melhorou muito a qualidade de vida de nosso povo.

Como é administrar uma cidade goiana tão próxima de Brasília e do Distrito Federal. Como isso interfere no dia a dia da gestão?

Eu tenho que fazer do limão uma limonada, isso nos ajuda a buscar recursos tanto de parlamentares de Goiás como do DF e também aumentar as possibilidades de articulação com o Governo Federal, por meio de ministérios e outros órgãos federais.

A impressão que se tem de Planaltina GO é que grande parte dos moradores se deslocam diariamente para trabalhar em Brasília. Isso é fato?

Sim, ainda temos uma dependência muito grande do DF. Nos próximos meses teremos o início de funcionamento de duas empresas na cidade e também estamos buscando novas parcerias para geração de novos empregos, inclusive no comércio, e também no fortalecimento de redes de profissionais liberais através de formação e apoio financeiro em parceria com o estado de Goiás.

Nessa busca por recursos, quais os ministérios ou quais áreas das políticas públicas vem dando melhores resultados?

Temos conseguido recursos para recuperação de vias e também suporte na área de assistência. Nosso principal desafio será também conseguir recursos para recuperar erosões.

O que os planaltinenses podem esperar do segundo mandato?

Temos que continuar avançando na infraestrutura, asfalto novo, drenagem pra diminuir alagamentos, construir novas escolas e postos de saúde, bem como avançar na construção de um novo hospital.

A seu ver, nos dias atuais quais são as áreas mas deficientes de Planaltina de Goiás?

Ainda temos questões de drenagem a serem resolvidas, de alagamento e também erosão que são extremamente grandes. Uma dos outros desafios que precisam ser enfrentados é a rede hospitalar que é muito pequena diante da quantidade de moradores que temos hoje.

A respeito da Região Metropolitana, ou o Entorno de Brasília, o senhor tem propostas específicas?

Temos que juntar nossos prefeitos e discutir juntos questões como transporte, pensando num modelo integrado, e suscitar a participação da região nas chapas majoritárias que se formarão daqui há dois anos em Goiás. Precisamos superar as vaidades e pensar juntos.

O senhor é delegado da Polícia Civil, correto? Logo a segurança pública deve ser um diferencial na sua gestão…

Já tem sido um diferencial porque temos hoje um suporte maior do que havia em outras gestões para Polícia Militar, Polícia civil, Corpo de Bombeiros e também atuamos em conjunto com a Polícia Militar através da guarda Civil Municipal. Inclusive nessa gestão, conseguimos implantar a delegacia da mulher separada dos demais atendimentos da Polícia Civil, garantindo um atendimento mais humanizado para a mulher vítima de violência.

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