Dos 33 ministros do STJ, quatro estão com seus gabinetes em investigação pela venda de decisões judiciais pela Polícia Federal
Por Misto Brasil – DF
Há suspeitas de que cinco gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão envolvidos em casos de venda de decisões judiciais, apontam dados obtidos pelo Uol.
A mídia brasileira afirma que dos 33 ministros do STJ, quatro estão com seus gabinetes em investigação pela venda de decisões judiciais pela Polícia Federal (PF).
São eles: Og Fernandes, Nancy Andrighi, Isabel Gallotti e Paulo Moura Ribeiro. A PF apura se há indícios suficientes para incluir Antônio Carlos Ferreira na lista.
As investigações iniciaram no ano passado após o assassinato a tiros do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá, no Mato Grosso.
No celular da vítima foram encontradas conversas com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, que apontam que os acusados tentavam influenciar decisões nos gabinetes dos juízes citados.
A princípio, o caso envolvia os assessores, fazendo com que corresse na primeira instância.
A tramitação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar a transação suspeita de um ministro.
Segundo uma investigação da Folha de São Paulo, o ministro do STJ citado seria Paulo Moura Ribeiro. A
o jornal, Moura Ribeiro justificou os gastos atípicos, a exemplo da reforma em um imóvel de sua família. Quanto aos recebimentos fora do salário, o ministro afirmou se tratarem de aulas e palestras ministradas.
As informações foram repassadas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá os rumos a serem tomados.
Nas conversas com Zampieri, Andreson atribui a si a responsabilidade por diversas decisões favoráveis proferidas por Moura Ribeiro.
Outras mensagens envolvem processos que tramitavam nos gabinetes de Nancy Andrighi e Isabel Gallotti. Nenhuma das duas teria tido decisão favorável à dupla acusada.