No Brasil e nos EUA não adianta a classe média achar que vai voltar a ter o padrão que já não tinha antes da pandemia
Por Genésio Araújo Júnior – DF
Uma das missões do jornalismo é contar para vocês o que os poderosos fazem atrás das cortinas. A cortina foi rasgada, as pessoas estão vendo os absurdos, parecem não se incomodar.
Seja quem vencer as eleições presidenciais da maior economia do planeta, Donald Trump ou Kamala Harris, a tal democracia vai sair perdedora.
Ouça o comentário do articulista do Misto Brasil
Leia – brasileiros nos Estados Unidos preferem Kamala Harris
Todas as pesquisas sérias apontam que as pessoas não se importam como deveriam. A decepção com as instituições é altíssima. E se o vale tudo vai melhorar a minha vida, estou dentro.
Ao final da segunda guerra mundial, quando o fascismo foi derrotado, ficou estabelecido um pacto entre a democracia e as liberdades econômicas. Independente do socialismo real e da concentração de renda, essa fórmula deu certo.
Por 50 anos, criou-se uma classe média no mundo.
Aqui no Brasil e nos Estados Unidos, não adianta a classe média achar que vai voltar a ter o padrão que já não tinha antes da pandemia.
A democracia e o capitalismo não estão resolvendo mais o problema. A China e a Rússia e outros mais estão se divertindo com nossas angústias.
Nós, também mal vistos jornalistas, só podemos contar o que vemos? Nada mais. Há quem diga que a velha fórmula ainda é a melhor forma. Só nos resta tentar mais uma vez.