Scholz pediu a Putin início de negociações com a Ucrânia

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Distrito de Donetsk bombardeado por forças ucranianas/Arquivo/Reproduçào vídeo/Telegram
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O telefonema aconteceu depois de quase dois anos. O chanceler alemão exigiu a retirada das tropas russas da Ucrânia

Por Misto Brasil – DF

O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, tiveram nesta sexta-feira (15) a primeira conversa em quase dois anos.

O telefonema ocorreu apesar de o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ter pedido ao chefe de governo alemão que evitasse o contato com o líder russo.

Scholz pediu a Putin o início de negociações com a Ucrânia no intuito de abrir caminho para uma “paz justa e duradoura” que acabe com o conflito, iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão russa do território ucraniano.

Segundo as informações, Putin disse a Scholz que a Rússia nunca recusou e continua aberta a retomar as negociações sobre a crise ucraniana, ressaltando que possíveis acordos devem levar em conta os interesses russos na esfera de segurança.

Na conversa de uma hora, Scholz também exigiu a retirada das tropas russas da Ucrânia e reafirmou o apoio contínuo de Berlim a Kiev, segundo informou um porta-voz do governo alemão.

A Ucrânia vem enfrentando condições cada vez mais difíceis nas frentes de batalha, em meio à escassez de armamentos e de pessoal, enquanto as forças russas fazem avanços.

“O chanceler pediu que a Rússia mostre disposição para entrar em negociações com a Ucrânia com o objetivo de alcançar uma paz justa e duradoura“, disse o porta-voz, em nota.

“Ele enfatizou a determinação inabalável da Alemanha em apoiar a Ucrânia em sua defesa contra a agressão russa pelo tempo que for necessário”.

A Alemanha é o maior apoiador financeiro da Ucrânia e seu maior fornecedor de armas depois dos Estados Unidos, cujo futuro apoio a Kiev parece incerto após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas.

Exigências da Rússia para acabar a guerra

Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;

Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;

Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;

Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;

Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;

Cancelamento de todas as sanções antirrussas.

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