Proposta obriga movimentos sociais a ter personalidade jurídica

Ação social ajuda DF Misto Brasil
Entrega simbólica de parte dos valores arrecadados/Arquivo/Divulgação
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A proposta segue diretamente para o Senado, se não houver recurso para que seja votada pelo Plenário da Câmara

Por misto Brasil – DF

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara  aprovou proposta (PL 4183/23) que obriga os movimentos sociais e populares organizados em mais de três estados e com destaque na imprensa a adquirirem personalidade jurídica e se enquadrarem como organizações do terceiro setor da economia.

A proposta é do deputado Coronel Assis (União-MT) (União-MT) e outros 23 parlamentares.

A proposta segue diretamente para o Senado, se não houver recurso para que seja votada pelo Plenário da Câmara.

A ideia deles é promover a responsabilização civil e penal dos integrantes desses movimentos sociais, em caso de crimes contra a vida ou propriedade praticados em nome ou defesa do movimento.

No caso de responsabilização, o movimento social ou popular ficará proibido, pelo prazo de cinco anos, de contratar, ser contratado, utilizar espaços e recursos da administração pública.

O parecer do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), foi favorável à proposta, mas ele apresentou uma nova versão do texto original.

“Nós, do Parlamento, defendemos o movimento social ordeiro e pacífico, que luta verdadeiramente pelos direitos. O que nós não defendemos e não podemos permitir é aqueles que se dizem movimento social esquartejando animal, invadindo prédio de forma arbitrária e com violência, tocando fogo para assustar e ameaçar a população.”

O deputado Helder Salomão (PT-ES) considera a proposta antidemocrática e inconstitucional, já que fere a liberdade de associação e vai dificultar a atuação de movimentos sociais e o exercício da cidadania.

“E a Constituição é sábia, os constituintes foram muito sábios quando inscreveram na Carta Magna a liberdade de associação e ao mesmo tempo a garantia de que não poderá haver intervenção estatal no funcionamento desses movimentos”.

Além disso, segundo o deputado, nem todos os movimentos sociais têm finalidade econômica, logo não podem ser enquadrados como terceiro setor da economia.

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