A Operação Contragolpe foi desencadeada na manhã desta terça-feira. São alvos quatro militares e um integrante da Polícia Federal
Por Misto Brasil – DF
Quatro militares que faziam ou fazem parte de equipes de forças especiais e provavelmente um integrante da Polícia Federal devem ser presos hoje (19). Atualizado às 08h38
A Operação Contragolpe foi desencadeada na manhã desta terça-feira (19) e tem por objetivo prender pessoas que planejavam um golpe de Estado.
Além disso, planejaram a morte do presidente eleito, Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e de ministros.
Os alvos estavam sendo monitorados constantemente. O golpe seria executado no dia 15 de dezembro de 2022.
Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão no Distrito Federal, Amazonas, Rio de Janeiro e Goiás. Agentes do Exército acompanham as ações policiais.
Segundo as primeiras informações, alguns dos presos estavam fazendo a segurança de chefes de Estado na Cúpula do G20, segundo a TV Globo, que acontece no Rio de Janeiro.
Os nomes dos presos – conforme divulgado pela Imprensa e pala Globo News -, seriam os seguintes: o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares.
As primeiras informações através dos celulares
As informações para esta operaçào foram coletadas inicialmente no celular do tenente-coronel Mauro Cid e depois em 16 celulares de militares que já foram presos em fevereiro.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.
Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE) do Exército.
Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022.
Conforme ainda a Polícia Federal, o planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações.
Seriam usadas técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
A decisão judicial inclue a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.