Lula da Silva e Xi Jinping devem ampliar o comercial bilateral

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Lula da Silva é recepcionado pelo presidente chinês, Xi Jinping/Arquivo/Divulgação/PR
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O comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões

Por Misto Brasil – DF

Nesta quarta-feira (20), o presidente da China, Xi Jinping, será recebido pelo presidente Lula da Silva no Palácio do Alvorada, em Brasília.

Neste momento, a Esplanada dos Ministério está parcialmente bloqueada para veículos entre os ministérios da Saúde e Justiça e Segurança e o Palácio do Planalto. Um forte esquema de segurança foi montado em toda a área.

Segundo o Palácio do Planalto, a agenda prevê reunião, cerimônia de assinatura de atos, declaração à imprensa e almoço.

À noite, será oferecido um jantar ao chefe de estado do país asiático, parceiro comercial do Brasil há 50 anos, e destino principal das exportações brasileiras.

Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões, resultado obtido em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Dados deste ano indicam que o comércio chegou a US$ 136,35 bilhões até outubro.

Ainda no ano passado, os embarques brasileiros para a China superaram em três vezes o que foi enviado para os Estados Unidos – a China é a maior parceira comercial do Brasil, enquanto os EUA ficam em segundo lugar.

Desde 2009, a China já havia superado os Estados Unidos em vendas externas do Brasil, e, no ano passado, respondeu por 31% do total exportado e por 23% das importações. No gráfico abaixo é possível observar essa evolução. Navegue com o mouse para ver os números absolutos de cada período.

Tudo indica que esse volume irá crescer ainda mais, sobretudo se as tarifas adicionais de 60% ou mais sobre as todas as importações chinesas, alardeadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de fato forem colocadas em prática em seu novo governo, segundo análise do economista Paulo Feldmann, coordenador de projetos e professor da FIA Business School.

“Se isso de fato acontecer, a China poderá comprar mais produtos do Brasil, já que vai agora precisar mais ainda do País, sobretudo em questões de muitos produtos agrícolas. Podem ser ampliadas ainda mais as exportações de milho, trigo, soja e até mesmo açúcar”, avalia Feldmann.

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