Entre 2019 e 2021, Jair Bolsonaro, com medo de ser empichado, deu cores finais às emendas parlamentares
Por Genésio Araújo Júnior – DF
Eu me lembro quando naquele ano de 2000, o senador Antônio Carlos Magalhães deixou a presidência do Senado e caminhou alguns metros até a secretaria-geral da Mesa do Senado e apresentou a PEC do orçamento impositivo.
Ele era o homem mais poderoso da república então. Só em 2015, no governo fraco de Dilma Rousseff, o orçamento impositivo começou a ganhar corpo.
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Entre 2019 e 2021, Jair Bolsonaro, com medo de ser empichado, deu cores finais à coisa. Não é pecado, não. No mundo organizado, o orçamento é impositivo.
O problema é que em 2024, dos R$ 69 bilhões de investimento público, R$ 53 bilhões passaram a ser impositivo do Congresso.
Tinha gente que pegava as chamadas emendas Pix, que eram destinadas para fazer o caso orçamento, e fazia outra obra para agradar sabe-se lá quem.
O ministro Flávio Dino, após mais de três meses, destravou o pagamento de aproximadamente R$ 25 bilhões de emendas parlamentares.
Flávio Dino reclamou de bilhões que não se sabe para onde foram, mas determinou que agora vai ter que apresentar plano de aplicação da obra.
Tem gente achando ruim a forma como ele fez. Mas tem gente ouvindo o samba-canção “Volta”, de Lupicínio Rodrigues, que diz:
“Volta, vem viver outra vez a meu lado, não consigo dormir sem seu braço, pois meu corpo está acostumado”.