Até as eleições previstas para 23 de fevereiro, o chanceler Olaf Scholz permanece interinamente no posto, conforme o Parlamento alemão
Por Misto Brasil – DF
O governo do chanceler federal Olaf Scholz perdeu na tarde desta segunda-feira (16) a votação de uma moção de confiança no Parlamento da Alemanha (Bundestag).
O resultado abre caminho para a dissolução da atual legislatura e a convocação de eleições federais antecipadas, que devem ocorrer em 23 de fevereiro, além de marcar o fim da era Scholz, após pouco mais de três anos de governo.
Ao todo, 394 dos 735 dos deputados do Bundestag votaram contra o governo. Outros 116 se abstiveram. Apenas 207 votaram pela manutenção do governo.
O resultado desta segunda-feira já era esperado. Scholz havia oficializado a convocação da votação no Bundestag na semana passada, após semanas de turbulência política na esteira do colapso da sua coalizão, que efetivamente relegou o chanceler federal a uma posição de líder de um governo de minoria, travando a aprovação de projetos e leis.
Agora, com eleições à vista em fevereiro, a expectativa, segundo pesquisas, é que os conservadores da União Democrata Cristã (CDU), que governaram com Angela Merkel entre 2005 e 2021, voltem a liderar o próximo governo da Alemanha.
A governabilidade para os conservadores ainda será uma incógnita, já que as pesquisas mostram que eles também vão depender de negociações para a formalização de uma coalizão, um processo que pode se arrastar.
Até lá, Scholz deve permanecer no posto interinamente. Mas, caso a vitória conservadora no próximo pleito seja confirmada, Scholz, com menos de quatro anos de governo, terá se tornado o chanceler federal menos longevo da Alemanha desde a reunificação do país, em 1990. Para piorar, as pesquisas apontam que o Partido Social Democrata (SPD) de Scholz arrisca encolher nas próximas eleições.