No documento divulgado, o Copom afirmou que a alta recente do dólar e o pacote fiscal influenciaram na decisão de elevar a taxa básica de juros
Por Misto Brasil – DF
O dólar à vista segue em trajetória de alta nesta terça-feira (17), em meio a piora da percepção de risco — que também repercute na disparada da curva de juros.
Por volta de 12h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana atingiu R$ 6,2073 (+1,87%) — a maior cotação intradia desde a criação do real, em 1994.
Ontem (16), o dólar à vista terminou o dia a R$ 6,0934 (+1,03%), no maior valor nominal de fechamento da história. O recorde anterior havia sido registrado na última segunda-feira (9), quando o dólar terminou a sessão cotado a R$ 6,0829.
Além do risco doméstico, a divisa norte-americana ganha força com o exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, opera em alta de cerca de 0,11%, aos 106,964 pontos — próximo às máximas históricas.
No cenário doméstico, o risco de desidratação do pacote fiscal durante a tramitação no Congresso Nacional — com a expectativa de que as medidas sejam aprovadas ainda neste ano — e a reação à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) pressionam a moeda brasileira.
No documento divulgado nesta terça-feira (17), o Copom afirmou que a alta recente do dólar e o pacote fiscal influenciaram na decisão de elevar a taxa básica de juros, a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano.