A Rússia informou que o homem seria do Uzbequistão e estaria a serviço da Ucrânia. Igor Kirillov ocupava um cargo importante
Por Misto Brasil – DF
Foi detido o suspeito do ato terrorista que matou o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, informou o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), informou a agência russa Sputnik..
De acordo com o FSB, o executor do crime declarou que foi recrutado pelos serviços secretos ucranianos.
Em sua missão, ele viajou para Moscou, recebeu um poderoso dispositivo explosivo caseiro e colocou-o em um patinete elétrico estacionado perto da entrada do prédio onde o general morava.
Para vigiar o local onde o general vivia, o suspeito usou um carro alugado em carsharing, no qual colocou uma câmera wi-fi que enviava as imagens aos organizadores do ataque, baseados em Dnepropetrovsk.
Quando foi obtido o sinal de que os oficiais russos estavam saindo do prédio, o artefato explosivo improvisado foi acionado à distância, detalhou o FSB.
Kirillov, de 54 anos, chefiava desde maio de 2017 uma unidade russa responsável por lidar com proteção contra armas químicas, biológicas e radiológicas – conhecidas como “bombas sujas”.
Ele também se notabilizou por aparecer regularmente na imprensa espalhando desinformação sobre supostos “laboratórios biológicos dos EUA” na Ucrânia e por defender o ex-ditador sírio Bashar al-Assad.
Embora outros generais russos tenham morrido na Ucrânia ocupada ou perto da linha de frente, Kirillov é o oficial militar de mais alto escalão a ser morto dentro do território da Rússia, conforme a Agência DW.
Veículos como BBC e o jornal The Guardian, além de agências de notícias, atribuíram o ataque a Kiev citando informações fornecidas por fontes anônimas dentro do SBU, o serviço secreto ucraniano.
À BBC, uma fonte acusou Kirillov de cometer crimes de guerra e argumentou que o general era “um alvo legítimo”.
O que diz o comunicado russo
“O Serviço Federal de Segurança da Federação da Rússia, em resultado de medidas operacionais e de investigação realizadas em conjunto com o Ministério do Interior e o Comitê de Investigação da Rússia, identificou e deteve um cidadão do Uzbequistão, nascido em 1995, que detonou um dispositivo explosivo improvisado junto de um edifício residencial na avenida Ryazansky em Moscou, na sequência do qual morreram o comandante das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia […] e seu assistente, o major Polikarpov […]”.