O presidente da Argentina disse que no futuro espera que a remuneração mínima deixe de existir
Por Misto Brasil – DF
O salário mínimo na Argentina é de 279 mil pesos, equivalente a 230 dólares (cerca de R$ 1,4 mil).
Trata-se de um rendimento insuficiente para cobrir a cesta básica ou, por outras palavras, quem recebe este pagamento por um mês inteiro de trabalho é pobre, segundo estatísticas oficiais, anotou o El País.
Ainda assim, o Governo de Javier Milei, favorável à desregulamentação total da economia, considera que fixar uma remuneração mínima por lei é um erro porque dificulta o livre funcionamento do mercado de trabalho e confia que este desaparecerá no futuro.
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“Conceitualmente, ter um salário mínimo é um erro. Se houver pessoas dispostas a trabalhar por menos do que esse salário, o esquema não permite contratá-las”, disse o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em conferência de imprensa esta quinta-feira.
A remuneração mínima vale para trabalhadores com carteira assinada, mas também serve para definir aposentadorias e é usada como referência para quase 40% dos empregados empregados no mercado informal.
“Esperamos que, quando a Argentina estiver completamente normal, conceitualmente o salário mínimo deixe de existir”, acrescentou o porta-voz.