A corporação afirma que Fabio Wajngarten aderiu ao esquema criminoso de recuperar as joias recebidas da Arábia Saudita
Por Misto Brasil – DF
Novos elementos levantados pela Polícia Federal reforçam o indiciamento do advogado Fabio Wajngarten por crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso da venda das joias sauditas pelo ex-governo Bolsonaro.
As provas foram entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (27).
A corporação afirma que Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) durante a gestão de Bolsonaro, aderiu ao esquema criminoso de recuperar as joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro, ocultando a localização e movimentação das joias.
“Assim como, escamotear os proventos auferidos por Jair Bolsonaro com a negociação dos demais itens desviados do acervo público“, diz o documento enviado à Corte Suprema.
No inquérito da PF, Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas por terem se beneficiado da venda de quatro conjuntos de joias de forma ilegal, vendidos nos Estados Unidos por assessores do ex-presidente.
O valor estimado é de quase R$ 7 milhões (US$ 1.227.725,12).
Os documentos da Polícia Federal listam quatro conjuntos de joias, sendo um chamado “Rosê”, pela cor, que incluía um relógio Rolex. Outro kit era chamado “Ouro branco” e também incluía um relógio Rolex.
Havia ainda um relógio Patek Philippe Geneve, duas esculturas de coqueiro e de um barco.
Os novos indícios referem-se a uma procuração assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que indica Wajngarten como representante no Tribunal de Contas da União (TCU) para retirar e transportar as joias do chamado “kit ouro rosê”.