Noboa somou 44,3% dos votos, e González, 43,8% e indica disputa bastante acirrada para a rodada final, daqui a dois meses
Por Misto Brasil – DF
O atual presidente do Equador, o empresário Daniel Noboa, e a candidata de esquerda Luisa González disputarão o segundo turno da eleição presidencial do país no dia 13 de abril. Outros 14 candidatos participaram do pleito neste domingo (09/02), mas não obtiveram votos suficientes para seguirem na disputa.
Os dois candidatos ficaram separados por uma diferença de menos de 1 ponto percentual: Noboa somou 44,3% dos votos, e González, 43,8%, resultados que indicam uma disputa bastante acirrada para a rodada final, daqui a dois meses.
Conforme o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que administra as eleições no país, mais de 83% dos eleitores foram às urnas.
Os equatorianos voltaram às urnas mais de um ano após uma das eleições mais violentas do país. Em agosto de 2023, o então candidato Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros depois de deixar um comício numa escola.
Desta vez, no entanto, não foram registrados episódios de violência. Ainda assim, Noboa e González votaram cercados por militares.
A violência é um dos principais desafios do futuro chefe de Estado equatoriano.
Antes considerado uma exceção na América Latina devido aos baixos índices de homicídio, o país sofreu uma explosão na violência promovida por cartéis de drogas, que migraram a partir da Colômbia depois do acordo de paz que o país vizinho consolidou com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 2016.
Ameaças e mortes de políticos, promotores e juízes foram executadas por traficantes, que encontraram no Equador uma política de segurança pública pouco focada nesse tipo de crime.
Além disso, há o fator geográfico: o Equador virou ponto de tráfico de cocaína contrabandeada a partir de portos do Pacífico, tendo a Europa e a Ásia como destino.