Fiscais identificaram ainda falta de licença sanitária e de responsável técnico pelos procedimentos, produtos sem registro ou vencidos e frascos sem identificação
Por Misto Brasil – DF
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autuaram, nesta terça (11) e quarta-feira (12), clínicas de estética, ao verificar, entre outros pontos, o uso incorreto ou sem registro da substância polimetilmetacrilato (PMMA).
Dados de 2023 apontam que 61,3% das denúncias estavam relacionadas a serviços de estética e embelezamento.
Na operação chamada Estética com Segurança, um dos estabelecimentos foi parcialmente interditado por falta de licenciamento sanitário, produtos vencidos e descarte inadequado de resíduos.
A operação Estética com Segurança, coordenada pela Anvisa, em parceria com as Vigilâncias Sanitárias locais, ocorreu em Goiânia (GO), São Paulo (SP), Osasco (SP), Barueri (SP) e Belo Horizonte (MG).
O objetivo é minimizar situações que possam trazer risco à saúde dos usuários e alertar a população sobre os perigos reais dos procedimentos estéticos.
Durante a inspeção no DF, as equipes da Secretaria de Saúde (SES-DF) e da Anvisa identificaram ainda falta de licença sanitária e de responsável técnico pelos procedimentos, produtos sem registro ou vencidos e frascos sem identificação.
O PMMA é utilizado por médicos e odontólogos para preenchimento cutâneo de pequenas áreas do corpo. No entanto, em alguns casos, o produto tem sido utilizado para procedimentos estéticos de forma indiscriminada, provocando, entre outras consequências, lesões ou necroses em nariz, boca e glúteos. O uso incorreto pode levar à morte do paciente.
No Brasil, atualmente, há somente dois produtos registrados na Anvisa contendo o PMMA em sua composição. Após denúncias e investigações, foi constatado o uso de variantes não registradas da substância – o que pode gerar grande risco à saúde.