Fabricante de carros de alto padrão cortará 7.500 empregos

Carro Audi QI SUV Misto Brasil
Modelo QI SUV da montadora Audi, que vai cortar empregos na Alemanha/Divulgação
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A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pela Audi, juntamente com o conselho dos funcionários, após extensas negociações

Por Misto Brasil – DF

A Audi, fabricante de carros de alto padrão pertencente ao Grupo Volkswagen, cortará 7.500 empregos na Alemanha até o final de 2029, num momento em que a indústria automobilística do país luta contra a desaceleração da demanda por veículos elétricos e a crescente concorrência chinesa.

A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (17) pela empresa juntamente com o conselho dos funcionários, após extensas negociações. A medida, acompanhada outros cortes financeiros para os funcionários, visa reduzir gastos e economizar para a automobilística mais de 1 bilhão de euros (R$ 6,2 bilhões) por ano no médio prazo.

“As condições econômicas estão se tornando cada vez mais difíceis, a pressão competitiva e as incertezas políticas estão apresentando imensos desafios à empresa”, disse a Audi em comunicado.

A empresa e os representantes dos empregados tiveram uma série de desentendimentos em torno do plano de redução de gastos, mas conseguiram chegar a um acordo. O presidente da organização trabalhista, Jörg Schlagbauer, informou que a empresa planejava originalmente eliminar 12 mil empregos.

“A Audi precisa se tornar mais rápida, ágil e eficiente. Uma coisa é clara: isso não será possível sem ajustes na força de trabalho”, disse o presidente do conselho administrativo da automobilística, Gernot Döllner, embora ressalvando que “não haverá demissões por motivos operacionais até o final de 2033” e que “em tempos econômicos difíceis, essas são boas notícias para todos os funcionários”.

O atual programa de segurança no emprego, que exclui demissões compulsórias, será estendido até o final de 2033. Anteriormente, ele era válido até o final de 2029. A Audi também disse que planeja investir 8 bilhões de euros em suas unidades na Alemanha.

Os primeiros 6 mil empregos deverão ser eliminados até 2027, com outros 1.500 a serem cortados no fim de 2029. Ainda está em aberto como os cortes afetarão as unidades da empresa em Ingolstadt, próxima a Munique, e Neckarsulm. perto de Stuttgart. “Estamos posicionando Ingolstadt e Neckarsulm para serem robustas e flexíveis visando a desafiadora transição para a mobilidade elétrica”, frisou Döllner.

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