Na Comissão de Saúde da Câmara Legislativa ele recebeu três votos e dois contra. O nome segue para a sessão do plenário nesta terça
Por Misto Brasil – DF
A Comissão de Saúde (CSA) aprovou a indicação de Cleber Monteiro Fernandes para a presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).
Foram três votos favoráveis e dois contra. Nesta terça-feira (18) o nome deve ser submetido ao plenário da Câmara Legislativa. Como o governo tem a maioria dos votos dos 24 deputados, a sua aprovação é tida como certa.
Os votos favoráveis na comissão foram dos deputados distritais Pastor Daniel de Castro (PP), Jorge Vianna (PSD) e do relator da comissão, deputado Martins Machado (Republicanos).
A deputada Dayse Amarilio (PSB), presidente da comissão, e o deputado Gabriel Magno (PT) votaram contra a indicação do Palácio do Buriti.
Por mais de cinco horas, Monteiro respondeu aos questionamentos levantados pelos deputados. A audiência foi acompanhada de perto por associações, conselhos de classe e sindicatos ligados à saúde, anotou a Agência CLDF.
A deputada Dayse Amarilio questionou se, mesmo não tendo formação na área da saúde, o indicado teria a expertise necessária para assumir o cargo.
“Será que aprovariam a indicação de um profissional de saúde para ser diretor da polícia civil?”, indagou a deputada, referindo-se ao fato de Cleber ser oriundo da Polícia Civil do DF.
“Como gestor, desenvolvi diversas habilidades que fui melhorando com o tempo. Uma delas é a de gerir pessoas. Fui negociador da polícia, tenho uma qualidade que é montar equipes e cercar-me de pessoas com qualidades de gestão”, respondeu o ex-policial.
Outra crítica apresentada está relacionada ao contrato de prestação de serviços entre o Iges e o GDF.
Dayse alega que o documento não estaria mais vigente, pois, segundo ela, há uma lei federal que prevê que este tipo de contrato deve ser revisto a cada cinco anos, o que não ocorre desde 2018. Para a deputada, o Iges “está operando na ilegalidade contratual”.
Cleber Monteiro se defendeu afirmando que a vigência do contrato pactuado em 2018 é de 20 anos, e que um eventual descumprimento por parte do instituto não foi questionado judicialmente.
As filas de espera para consultas, exames e tratamentos foram temas de diversas perguntas ao sabatinado.
Para membros da comissão, esse problema precisa receber atenção especial do GDF e do Iges. Conforme dado apresentado pela deputada Dayse, há 16.900 pessoas aguardando na fila para consulta com cardiologista.
Outro alvo de crítica pelos distritais é o serviço prestado pela UTI Vida, empresa contratada pelo Iges para o transporte de pacientes por ambulância.
O deputado Jorge Vianna lembrou do episódio de tombamento de uma ambulância, ocorrido no último dia 12, para alertar para o “sucateamento dos veículos” que transportam pacientes.
Sobre as filas, Monteiro afirmou que uma de suas primeiras ações será a criação de um complexo regulador, para que seja revisto o modelo de atendimento para que consiga atender regularmente todos os que estão na fila.
“Temos que ter ferramentas para promover uma busca ativa dos que estão aguardando na fila, temos que chegar ao paciente”.