BC elevou a Selic que atingiu o maior patamar desde 2016

Banco Central sede Misto Brasília
Banco Central faz o primeiro combate contra a inflação/Arquivo
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A alta da Selic reflete a preocupação com a inflação persistente, mas também gera incertezas sobre os próximos movimentos do Banco Central

Por Misto Brasil – DF

O Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano — o maior nível desde 2016. Já o Federal Reserve optou por manter sua taxa entre 4,25% e 4,50%, reforçando uma postura cautelosa diante de uma possível desaceleração econômica. Atualizado às 18h57

Nos EUA, após três cortes no fim de 2024, o Fed mantém os juros estáveis desde janeiro, sinalizando um compasso de espera para avaliar os efeitos das consecutivas tarifas de Donald Trump.

No Brasil, a alta da Selic reflete a preocupação com a inflação persistente, mas também gera incertezas sobre os próximos movimentos do Banco Central.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, comenta que a grande expectativa agora está nas atas das reuniões dos bancos centrais, que podem indicar a continuidade do ciclo de alta ou uma pausa nas elevações.

“Dessa vez, as explicações do colegiado serão cruciais para o mercado, ainda mais que existe um forte fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira, que tem impulsionado ações e pressionado o dólar para baixo”, explica.

O aumento da Selic favorece investimentos atrelados ao CDI, como títulos pós-fixados, que acompanham essa valorização de forma quase imediata. No entanto, Cunha alerta que parte do mercado já precifica uma Selic próxima de 15% até o fim de 2025.

“O grande dilema é se o Banco Central vai elevar a Selic até 15% e, se isso ocorrer, por quanto tempo manterá essa taxa elevada. Esse fator será determinante para o comportamento dos ativos de renda fixa e variável nos próximos meses”, destaca.

A decisão está ancorada no forte aumento da inflação e na expectativa de índices ainda maiores nos próximos 12 meses, puxados pelo aumento da demanda associado à expansão fiscal e à atividade econômica aquecida, analisa Ginne Siqueira Diniz, Superintendente de Investimentos da BB Previdência 

Por causa desse cenário persistente, o Banco Central já havia sinalizado, em dezembro, que o ciclo de altas iria levar a taxa a pelo menos três aumentos consecutivos de 1 ponto percentual. Este foi o terceiro”.

Para diversos analistas, a Selic pode chegar em 15% ao ano até dezembro. Segundo Renan Diego, consultor financeiro e especialista em investimentos, o aumento dos juros influencia na forma de consumo entre os brasileiros e nos investimentos de empresas.

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