A divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6758, com alta de 0,49%. O mercado reagiu à elevação da Selic
Por Misto Brasil – DF
Depois de sete altas consecutivas, o dólar à vista interrompeu a sequência de quedas em relação ao real com a escalada da aversão ao risco no exterior e o tom considerado mais “conservador” do Comitê de Política Monetária (Copom) na decisão de elevar a Selic para 14,25% ao ano.
Nesta quinta-feira (20), a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6758, com alta de 0,49%, de acordo com informações do MoneyTimes.
O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17 horas (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, subia 0,39%, aos 103,817 pontos.
No cenário doméstico, o mercado reagiu à decisão do Copom de elevar a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem confiança de que o BC “olhará dados e levará a inflação para a meta com inteligência”, em entrevista à GloboNews, no final da tarde.
A alta do dólar foi contida por uma nova intervenção do BC no câmbio. A autoridade monetária vendeu R$2 bilhões em dois leilões com compromisso de recompra realizados durante a manhã, um dia após vender outros R$2 bilhões em operações feitas na véspera (19).
As vendas foram realizadas com base na taxa de câmbio da Ptax das 10h, que marcava R$5,6502.