Adolescente brasileiro-palestino morreu numa prisão israelense

Brasileiro-palestino Walid Khaled Abdullah Ahmed Misto Brasil
Walid Khaled Abdullah Ahmed teria morrido na prisão por negligência dos israelenses/Reprodução X
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Segundo a ONG, Walid  KhaledAbdallah estaria detido na prisão de Megido, no norte de Israel, um centro de detenção alvo de abusos

Por Misto Brasil – DF

Um adolescente brasileiro-palestino de 17 anos morreu no último fim de semana numa prisão israelense, denunciou uma ONG palestina. Walid Khaled Abdallah, de 17 anos, havia sido preso em Silwad, na Cisjordânia ocupada, em setembro de 2024, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (24) pela Sociedade de Prisioneiros Palestinos.

Segundo a ONG, Abdallah estaria detido na prisão de Megido, no norte de Israel, um centro de detenção que em 2024 foi alvo de denúncias de abuso, segundo relatos publicados pelo jornal israelense Haaretz.

A ONG afirmou ainda que esta é o 63º prisioneiro palestino morto em cárceres israelenses desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, que também tem provocado tensão na Cisjordânia, outro território palestino ao leste de Israel.

As circunstâncias exatas da morte não foram divulgadas.

Segundo o jornal Jerusalem Post, o Serviço Prisional de Israel se limitou a afirmar em comunicado que “um detento de segurança de 17 anos da Cisjordânia morreu ontem [sábado] na Prisão de Megido”, sem identificá-lo ou dar detalhes sobre as circunstâncias da morte.

A Folha de São Paulo informa que Abdallah era filho de um brasileiro, e que a representação do Itamaraty em Ramallah, na Cisjordânia, está em contato com a família. Ainda de acordo com o jornal, o governo brasileiro já questionou Israel sobre as circunstâncias da morte.

A suspeita é de que houve negligência médica. Walid teria sido preso pelos israelenses em setembro sob a acusação de agredir soldados.

Um comunicado sobre a morte publicado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) apontou que prisão de Megido é “notória pelo uso de tortura com choques elétricos, espancamentos, privação de alimento e até uso de cachorros”.

Em 2024, uma reportagem do jornal israelense Haaretz apontou que filmagens no local mostraram guardas israelenses abusando de detentos.

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