De acordo com o levantamento do Instituto Escolhas, quando uma área não é recuperada há prejuízos ambiental, social e financeiro
Por Misto Brasil – DF
O estudo do Instituto Escolhas “Recuperação de áreas de mineração: um tema crítico e estratégico“ indicou que há 3.943 processos minerários com títulos autorizativos de lavra de um total de 36.337.
O levantamento mostra que 11% têm indicativos de abandono, sem nenhuma iniciativa para recuperar os seus impactos. O estudo mostra que a própria ANM reconhece a falta de dados mais precisos sobre a real extensão do problema.
Dessas operações, 54%, estão vinculadas às concessões de lavra, ligadas principalmente à extração de minerais metálicos e não metálicos, e 34% relacionadas ao regime de licenciamento, ligado à extração de areia, argilas, saibro, rochas britadas e ornamentais.
Os estados campeões em minas abandonadas são Minas Gerais (22%), Rio Grande do Sul (12%), São Paulo (11%) e Santa Catarina (8%).
“Quando uma área não é recuperada pelo responsável, ou seja, pelo titular do direito minerário, os prejuízos ambiental, social e financeiro dos empreendimentos acabam sendo pagos por todos nós, pela sociedade”, disse a diretora de Pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues.
Para Larissa “há total descontrole sobre a quantidade de minas que podem estar abandonadas e sobre a extensão e severidade dos impactos que precisam ser recuperados”.