O dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,6087, com queda de 1,32% ante o real. Banco Central divulgou incertezas nos EUA
Por Misto Brasil – DF
Um dia após uma sessão fraca e descolada do exterior, o Ibovespa saltou quase 3 mil pontos e registrou um “duplo recorde” nesta terça-feira (13). Desaceleração da inflação nos Estados Unidos, valorização das commodities — que impulsionaram os pesos-pesados — e expectativa de fim do ciclo de aperto monetário no Brasil patrocinaram o forte apetite ao risco local.
Hoje (13), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 138.963,11 pontos, com avanço de 1,74%, em novo recorde nominal. O maior nível até então foi registrado em 28 de agosto, quando o índice encerrou a sessão aos 137.343,96 pontos.
Durante a sessão, o Ibovespa também renovou a máxima histórica intradia aos 139.418,97 pontos. A marca anterior tinha sido registrada em 8 de maio, aos 137.634,57 pontos.
O dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,6087, com queda de 1,32% ante o real.
No cenário doméstico, os investidores ainda repercutiram a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O documento, divulgado hoje mais cedo pelo Banco Central (BC), destacou que as incertezas em torno da política econômica nos Estados Unidos e a guerra tarifária contra a China têm impacto sobre expectativas de inflação, ainda desancoradas.
Na avaliação do mercado, a ata foi “neutra” em relação ao comunicado da decisão sobre a Selic e os agentes financeiros elevaram as apostas de que o ciclo de aperto monetário no Brasil já chegou ao fim.
“O plano atual do Comitê parece ser manter a taxa Selic inalterada nas próximas reuniões, ainda que sem um compromisso firme nesse sentido”, disse economista-chefe da XP, Caio Megale.
Na semana passada, o colegiado do BC elevou a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 14,75% ao ano, e deixou a janela aberta para um possível fim do ciclo de aperto monetário.