Wolney Queiroz garantiu que providências estão sendo tomadas para devolver os descontos aos aposentados feito de maneira ilegal
Por Misto Brasil – DF
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse que o governo deu uma “resposta firme” ao esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas, com ações conjuntas da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União.
Ele disse que a prática de desconto em folha foi criada por lei aprovada pelo Congresso Nacional e que qualquer mudança deverá ser avaliada pelos parlamentares. O depoimento continua na “Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC).
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O ministro afirmou também que o governo trabalha para modernizar e fortalecer a governança do INSS.
Segundo ele, as operações resultaram no bloqueio imediato de R$ 2,56 bilhões de 12 entidades, além da suspensão de descontos em folha e da criação de uma força-tarefa jurídica específica para combater irregularidades.
O ministro também afirmou que foi dada prioridade à comunicação transparente com os beneficiários, com a notificação de 27 milhões de segurados via aplicativo (pelo Meu INSS).
Ao alertar para o risco de golpes, ele ressaltou que o INSS não faz ligações ou envia SMS, e que todo o processo de ressarcimento será digital e simplificado para evitar filas nas agências.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, enfatizou que o Brasil tem 99,3 milhões de assegurados, quase “duas Argentinas” e que são injetados recursos da ordem de quase R$ 1 trilhão por ano na economia brasileira a partir do pagamento de aposentadorias e pensões.
Ele garantiu que pelo menos 65% dos municípios a maior entrada de dinheiro é através dos benefícios pagos pelo INSS. E nos outros 35%, fica atrás apenas dos Fundos de Participação dos Municípios.
“A Previdência Social é um patrimônio do povo brasileiro, é um fator de proteção social. Sempre foi estimulado, defendido, valorizado em todos os governos do presidente Lula — disse o ministro.
“O ministro disse que o Meu INSS Vale+ foi “praticamente extinto” e passará por reavaliação para ser encerrado.
A ideia inicial, segundo Wolney, era que houvesse a liberação de adiantamento de até R$ 150 no próprio mês, sem descontar qualquer tipo de encargo.
Wolney não comentou a crítica da senadoras Mara Gabrilli. Mas acolheu a sugestão da senadora de que pessoas com deficiência e idosos tenham prioridade no ressarcimento dos recursos desviados das aposentadorias.
O ministro disse que uma auditoria do próprio INSS identificou falhas e omissões no sistema previdenciário, mas declarou que os resultados só chegaram ao conhecimento dele e do ex-ministro Lupi em abril, após a deflagração da Operação Sem Desconto, pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela PF.