Após a forte queda e o noticiário de 5 de dezembro, o Ibovespa já recuperou cerca de metade dos pontos que havia perdido naquele dia
Por Misto Brasil – DF
O dólar manteve o ritmo de ganhos ante o real com falta de consenso sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, cenário eleitoral e novos dados nos Estados Unidos.
Nesta terça-feira (16), o dólar à vista encerrou a sessão a R$ 5,4630, com alta de 0,76%.
O movimento destoou da tendência externa. Por volta das 17 horas (horário de Brasília), oDXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,16%, aos 98.145 pontos, confirme o MoneyTimes.
Investidores no Brasil podem estar excessivamente confiantes em uma guinada à direita nas eleições de 2026, em expectativa que pode refletir mais desejo do que realidade.
A avaliação é do JPMorgan, que alerta que o viés do mercado local ignora fatores que aumentam o risco político no país, e exigem maior cuidado na alocação em ativos brasileiros.
Analistas do banco se baseiam em impressões colhidas junto a analistas de sell side e buy side durante o evento anual da Associação de Negociação de Mercados Emergentes (EMTA, na sigla em inglês), conforme registrou o InfoMoney.
De acordo com o JPMorgan, participantes destacaram que, apesar do elevado carrego oferecido pelos ativos locais, proporcionado pelos altos juros, o cenário exige gestão cuidadosa de risco.
Na visão da estrategista Aline Cardoso, do Santander, a bolsa brasileira “entrou claramente em território ‘bull-market‘” (otimista).
Em relatório enviado a clientes com data de domingo, ela destacou que, após a forte queda e o noticiário de 5 de dezembro de 2026, o Ibovespa já recuperou cerca de metade dos pontos que havia perdido naquele dia.
Naquela sexta-feira, o Ibovespa superou 165 mil pontos pela primeira vez na sua história no melhor momento, mas virou e fechou abaixo dos 158 mil, após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se lançar candidato para a eleição presidencial em 2026.


