A paralisação que está no sétimo dia foi calculada pelo Dieese com base na produção normal da empresa estatal
Por Misto Brasil
Nos seis primeiros dias de greve na Petrobras, a produção registrou uma queda acumulada estimada em cerca de 300 mil barris de petróleo e gás.
Somente na área de Exploração e Produção (E&P), a redução é estimada em aproximadamente US$ 18 milhões por dia, o equivalente a cerca de R$ 100 milhões diários.
Como a greve começou na segunda-feira (15) passada, a paralisação entra no sétimo dia.
No segmento de refino, as perdas alcançam aproximadamente R$ 90 milhões por dia.
Em conjunto, os impactos em E&P e refino representam um prejuízo parcial da ordem de R$ 200 milhões diários, sem considerar os efeitos sobre áreas como Transpetro, TBG e PBio.
Embora os dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sejam divulgados com cerca de uma semana de defasagem, levantamentos preliminares do Dieese e do Sindipetro-NF, com base em informações das próprias unidades, já indicam perdas expressivas.
Segundo o economista Cloviomar Cararine, do Dieese, ao contrário do que sustenta a direção da empresa, as paralisações têm impacto direto nas receitas e evidenciam fragilidades na estratégia de contingência adotada pela gestão.
Para o economista, a resposta da companhia ao movimento paredista tem sido mais prejudicial do que a própria greve.
“Em quase duas décadas acompanhando a categoria, nunca presenciei uma mobilização tão rápida, coesa e expressiva diante de um chamado sindical”.


