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Veja as novas entidades envolvidas em descontos no INSS

CPMI do INSS Careca do INSS depoimento Misto Brasil

Careca do INSS durante depoimento na CPI que investiga descontos ilegais/Arquivo/ Waldemir Barreto/Agência Senado

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O INSS ressarciu R$ 2,74 bilhões a mais de 4 milhões de beneficiários que contestaram os descontos em seus benefícios

Por Misto Brasil – DF

A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou, em dezembro, dois novos lotes de ações judiciais contra associações e entidades envolvidas em fraudes relacionadas a descontos associativos indevidos em benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Ao todo, a AGU requereu o bloqueio de R$ 6,6 bilhões de associações, pessoas físicas e jurídicas por meio de 37 ações cautelares ajuizadas até o momento.

Decisões liminares já determinaram bloqueio de R$ 4,4 bilhões.

O INSS ressarciu R$ 2,74 bilhões a mais de 4 milhões de beneficiários que contestaram os descontos realizados em seus benefícios.

Com esses novos ajuizamentos, a AGU encerra o ano com ações propostas contra todas as entidades investigadas no âmbito das fraudes que atingiram aposentados e pensionistas.

No quarto lote, ajuizado nesta semana, a AGU propôs ações regressivas contra oito entidades, cobrando a devolução dos valores já pagos pelo INSS a aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos associativos não autorizados.

As ações desse quarto lote têm como fundamento o direito de regresso da autarquia previdenciária e decorrem do acordo celebrado no Supremo Tribunal Federal (STF), em julho, que viabilizou o ressarcimento administrativo das vítimas.

Os valores cobrados referem-se aos pagamentos realizados até novembro e poderão ser atualizados, sendo certo que novas ações regressivas poderão ser ajuizadas à medida que o INSS atualize e consolide os dados referentes a outros pagamentos.

As medidas judiciais adotadas nos três primeiros lotes tiverem como base Processos Administrativos de Responsabilização (PARs) instaurados pelo INSS e pela Controladoria-Geral da União (CGU), com fundamento na Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), para apuração de fraudes nos descontos associativos.

Os PARs foram instaurados após a deflagração da Operação Sem Desconto, em abril de 2025, e posteriormente encaminhados à AGU para as providências judiciais cabíveis.

Associações e entidades acionadas no quarto lote

Confederação nacional dos trabalhadores rurais e agricultores e agricultoras familiares (Contag)

Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil (Sinab)

Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários (FITF/CNTT/CUT)

Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf)

Associação dos Servidores do Tráfego da Viação Férrea Centro Oeste (ASTRE)

Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (SindaPB)

Instituto de Longevidade Mongeral Aegon (Unidos)

Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas e Idosos (Sintapi-CUT)

Associações e entidades do terceiro lote

Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da UGT (Sindiapi-UGT)

Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen)

Associação de Amparo aos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Ambapen/Abenprev)

Associação Brasileira dos Contribuintes do RGPS (Abrasprev)

Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintraap)

Rede Ibero-Americana de Associações de Idosos do Brasil (Riamm)

Associação dos Aposentados do Brasil – (AAB)

União Brasileira de Aposentados da Previdência – (UniBrasil)

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