Alemanha acusa a Rússia de crime de guerra na Ucrânia

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Situação de destruição provocada pela guerra na Ucrânia/Arquivo/TV Alaraby
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Procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que 410 cadáveres haviam sido encontrados

O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, afirmou neste domingo (03) que militares russos haviam cometido “crimes de guerra” no subúrbio de Bucha, a 37 quilômetros de Kiev, e que a Alemanha e países aliados iriam definir novas sanções contra Moscou nos próximos dias.

“O assassinato de civis é um crime de guerra, e devemos investigar de forma implacável esses crimes cometidos pelas Forças Armadas russas”, afirmou Scholz em uma declaração na sede do governo alemão. “Nos próximos dias, iremos decidir com nossos aliados sobre as próximas medidas. O presidente [Vladimir] Putin e seus apoiadores sentirão as consequências.”



Scholz afirmou também que a Alemanha “continuará a fornecer armas para a Ucrânia, para que o país possa se defender contra a invasão russa”.

Mais cedo, a ministra alemã do Exterior, Annalena Baerbock, também havia acusado neste domingo a Rússia de crimes de guerra, em reação aos relatos sobre civis assassinados pelas ruas de Bucha após a retirada das tropas russas.

Num tuíte, ela classificou como “insuportáveis” as imagens divulgadas: “A violência desenfreada de Putin extermina famílias inocentes e não conhece limites. Os responsáveis por esses crimes de guerra têm que prestar contas. Vamos acirrar as sanções contra a Rússia e apoiar ainda mais fortemente a Ucrânia na sua defesa”, prometeu a chefe de diplomacia alemã.



Execução com tiro na cabeça e mãos amarradas

À medida que as forças militares ucranianas retomam áreas em torno de Kiev até então ocupadas por tropas russas, cenas chocantes vão se revelando. Neste domingo, a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, afirmou que 410 cadáveres de civis haviam sido encontrados na região de Kiev em locais que estavam sob domínio de forças russas, alguns alvejados na cabeça e com as mãos atadas.



Em Bucha, situado 37 quilômetros a sudoeste da capital, numerosos cadáveres de civis e de soldados russos ladeavam as ruas. Jornalistas da agência de notícias francesa AFP contaram pelo menos 20 corpos em apenas uma rua.

“Todos esses foram fuzilados“, comentou o prefeito Anatoly Fedoruk, acrescentando que 300 residentes foram mortos neste um mês de ocupação russa, estando pelo menos 280 enterrados em valas comuns em diferentes pontos da cidade.


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