Vazamentos interessam também aos réus

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A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, disse que os vazamentos devem ser investigados para evitar que os próprios responsáveis pela divulgação de informações sigilosas sejam beneficiados.

“Não se pode tentar criar nulidades que vão beneficiar aquele que deu causa a essa situação”, disse a ministra em Washington (EUA), sem menções à operação Lava Jato, em resposta a questionamento feito pela BBC Brasil.

Em entrevista concedida à BBC Brasil na última sexta-feira, na Harvard Law School, nos Estados Unidos, Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa da operação Lava Jato, disse que agentes públicos não vazam informações – a brecha estaria no acesso inevitável a dados secretos por réus e seus defensores.

“É muito difícil identificar qual é o ponto (de origem do vazamento), porque se você ouvir essas pessoas, elas vão negar”, afirmou.

O juiz Sérgio Moro também disse nos Estados Unidos, que a investigação de vazamentos ilegais de depoimentos de investigados à imprensa “fica comprometida por questões jurídicas”, como o direito ao sigilo de fontes de jornalistas e a liberdade de imprensa, garantidos pela Constituição.

“Não estou reclamando destas proteções jurídicas, acho importante”, afirmou Moro.

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