Rebeldia na caserna

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica reclamaram do corte de recursos que pode “inviabilizar” o trabalho de segurança e policiamento nas fronteiras. A Marinha usou o Twitter oficial da corporação para divulgar dois textos publicados na revista Exame e no Estadão que dissecam os cortes determinados pelos Ministérios do Planejamento e da Fazenda.

O general Eduardo Villas Bôas foi bem mais explícito: “A segurança nas fronteiras fica comprometida. A afirmação foi feita durante a cerimônia de apresentação de novos generais das três Forças ao lado do presidente Michel Temer.

O general que comanda o Exército disse que por enquanto unidades militares não serão fechadas. “É muito perigoso criarmos vazios. Então não está sendo considerada esta hipótese”.

Os cortes nos recursos das Forças Armadas não seriam novos. De 2012 para cá, os chamados recursos “discricionários” caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Neste ano, teria havido um contingenciamento de 40% e o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro.

A ONG Contas Abertas publicou que enquanto o governo continua fazendo as contas para tentar atingir a meta fiscal, um rombo de R$ 139 bilhões, algumas despesas ainda chamam a atenção. Os gastos do governo federal com cartão corporativo, por exemplo, já somam R$ 20,4 milhões em 2017. A Presidência da República foi o órgão que mais gastou por meio dos cartões.

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