Um mandado de prisão também foi emitido para Mohammed Deif, embora o exército israelense e contra Yoav Gallant
Por Misto Brasil – DF
Juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiram mandados de prisão para o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa de Israel, bem como para o comandante militar do Hamas. Texto às 09h36.
Um comunicado informou que uma câmara pré-julgamento rejeitou as contestações de Israel à jurisdição do tribunal e emitiu mandados para Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.
Um mandado de prisão também foi emitido para Mohammed Deif, embora o exército israelense tenha dito que ele foi morto em um ataque aéreo em Gaza em julho, registrou a BBC News.
Os juízes encontraram “fundamentos razoáveis” de que os três homens tinham “responsabilidade criminal” por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra entre Israel e o Hamas. Tanto Israel quanto o Hamas rejeitaram as alegações.
Agora caberá aos 124 estados-membros do TPI — que não incluem Israel nem seu aliado, os Estados Unidos — decidir se farão ou não cumprir os mandados.
Em maio, o promotor do TPI Karim Khan solicitou mandados para Netanyahu, Gallant, Deif e dois outros líderes do Hamas que foram mortos desde então, Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar. Embora Israel acredite que Deif também tenha sido morto, a câmara disse que não conseguiu confirmar sua morte.
O caso do promotor contra eles decorre dos eventos de 7 de outubro de 2023, quando homens armados do Hamas atacaram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e levando outras 251 de volta para Gaza como reféns.
Israel respondeu ao ataque lançando uma campanha militar para eliminar o Hamas, durante a qual pelo menos 44.000 pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas.
Khan acusou os líderes do Hamas de crimes contra a humanidade e crimes de guerra, incluindo extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e tortura.
Para os líderes israelenses, as acusações incluíam ataques deliberados a civis e o uso da fome como arma de guerra, bem como extermínio e assassinato.