Em novembro deste ano, a temperatura média da superfície do planeta foi de 14,1 ºC – 0,73 ºC acima da média dos anos 1991 a 2020
Por Misto Brasil – DF
O ano de 2024 será, com quase certeza, o mais quente desde o começo dos registros meteorológicos, afirmou nesta segunda-feira (09) o Copernicus, o Programa de Observação da Terra da União Europeia.
Além disso, a menos que o impossível aconteça, pela primeira terá havido um aumento da temperatura global de mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, apontou.
Em novembro deste ano, a temperatura média da superfície do planeta foi de 14,1 ºC – 0,73 ºC acima da média dos anos 1991 a 2020.
O mês esteve 1,62 ºC acima dos níveis pré-industriais, classificando-se como o segundo novembro mais quente já registrado, depois do de 2023.
“Com os dados do Copernicus do penúltimo mês do ano, podemos confirmar com quase certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano-calendário acima [da marca] de 1,5 ºC”, a vice-diretora do Copernicus, Samantha Burgess.
Na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas de 2015, em Paris, a comunidade internacional acordou quanto a tentar limitar o aquecimento a essa marca, embora tomando como base uma média de diversas décadas.
Segundo Burgess, um único ano acima da marca não significa que o Acordo de Paris tenha sido quebrado, porém “ação climática ambiciosa é mais urgente do que nunca”.
Em janeiro deste ano, o Copernicus havia confirmado que 2023 como um todo foi o ano com as maiores temperaturas já registradas: uma média de 14,98 ºC, ou 0,17 ºC a mais do que o recorde anterior, de 2016.
Criado em 2014, o programa europeu Copernicus baseias suas conclusões em bilhões de dados recolhidos por satélites, navios, aviões e estações meteorológicas em todo o mundo.