Dos 513 deputados e deputadas, 219 são da frente evangélica, enquanto dos 81 senadores constam 26 evangélicos
Por Genésio Araújo Júnior – DF
O grande assunto do Congresso Nacional nesta terça-feira, em dia de anúncio de vacina brasileira da Adeng e reforma ministerial, foi a eleição na Frente Parlamentar Evangélica.
Os evangélicos são 31% da população brasileira. Estima-se que em 2026 eles terão 36% dos eleitores brasileiros.
Ouça o comentário do articulista logo abaixo
Dos 513 deputados e deputadas, 219 são da frente evangélica, enquanto dos 81 senadores constam 26 evangélicos. Em 2018, a professora da USP, Isabela Oliveira Calil, divulgou seu famoso estudo Os 16 tipos de eleitores de Bolsonaro. Ela que criou o termo cidadão de bem.
Interessante que ela distinguia até os detalhes entre o eleitor gay bolsonarista e o não-bolsonarista. A grande sacada de Bolsonaro, que casou três vezes, é católico, ligado aos milicianos e defende armas, foi ter conseguido atrair os evangélicos, pois ele conseguiu colocar polvo em sua base eleitoral.
Os evangélicos permeiam toda a sociedade e, além de tudo, têm muitas mulheres e pretos, pontos fracos do bolsonarismo.
O deputado Gilberto Nascimento, do PSD de São Paulo, foi eleito novo presidente da frente numa disputa como nunca se viu. Bolsonaro disse que aqueles que não votassem Nascimento eram traidores.
Donald Trump já disse que se ele desse um tiro em alguém em Nova York, nenhum de seus eleitores acreditaria.
No Brasil, se Bolsonaro for condenado à prisão, corre o risco de sua base evangélica ser a primeira da fila em sua defesa.