O Partido dos Trabalhadores e seu mais alto representante, Lula da Silva, apoiaram a Lei da Ficha Limpa em 2010. Antes mesmo da chegada do projeto de iniciativa popular, o então presidente havia encaminhado ao Congresso outro projeto de lei com teor semelhante em fevereiro de 2009, dentro de um pacote de reforma política.
Hoje, porém, seus apoiadores questionam a legalidade do processo contra o petista e dizem que a eleição de 2018 não será legítima se ele for barrado pela regra, lembra a BBC Brasil.
Depois da aprovação pelos parlamentares, o texto foi sancionado sem vetos pelo presidente Lula da Silva em junho daquele ano – é essa lei que hoje pode barrá-lo da disputa presidencial de 2018, caso sua condenação pelo juiz Sergio Moro venha a ser confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no julgamento marcado para 24 de janeiro.
Não há um balanço de quantos candidatos já foram barrados pela lei até agora. Um levantamento parcial do Ministério Público Eleitoral indicou que na eleição de 2014, até agosto, 153 haviam sido impedidos de concorrer por essas regras.