O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou hoje (28), em entrevista coletiva, que a reoneração da folha é necessária, mas não suficiente para cobrir o acordo anunciado ontem à noite pelo presidente Michel Temer.. Segundo ele, a previsão inicial é de uma economia de R$ 3,5 bilhões, algo insuficiente, daí o governo federal preparar medidas alternativas que virão por decreto ou lei. Atualizado às 14h31
O ministro afirmou que o governo terá de aumentar impostos de “outras coisas” ou retirar benefícios tributários para garantir uma das partes da redução de impostos sobre diesel, com impacto de 4 bilhões de reais este ano.
“Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim”, afirmou ele em coletiva de imprensa, acrescentando ainda que essa compensação também pode vir com eliminação de benefícios hoje existentes.
“Isso não é aumento da carga tributária, é um movimento compensatório previsto na lei”, afirmou ele.
“Precisamos de medidas complementares para viabilizar a redução dos preços. Não há nada que não seja claro e transparente”, acrescentou Guardia. A greve dos caminhoneiros continua.
De acordo com ele, após a aprovação, no Congresso Nacional, é que o governo conseguirá estabelecer medidas alternativas. O ministro disse que a preocupação é que essas ações gerem a receita necessária para cobrir as despesas.
Guardia reiterou que o custo da redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro deve ficar em R$ 9,5 bilhões este ano. O esforço do governo é buscar medidas para compensar as despesas.