O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) dirige a sessão da Câmara sem ser atacado verbalmente pelos colegas. É a primeira vez que isto acontece desde que mandou suspender e depois revogar a própria decisão contra a votação do impeachment da presidente Dilma.
É fato que na sessão desta noite ainda não entrou, de fato, na ordem do dia, mas mostra que há um acordo para preservar o presidente em exercício. O armistício temporário ocorre depois que Maranhão mandou retirar a consulta na Comissão de Constituição e Justiça, que dava mais tempo ao caso do deputado Eduardo Cunha.
Maranhão arquiva a própria consulta sobre o rito de cassação de parlamentares em plenário. Para muitos parlamentares, é um indicativo da perda da influência de Cunha sobre uma parcela significativa do plenário.
A tranquilidade aparente na sessão desta noite sugere também que a cassação do mandato de Cunha já tem maioria de votos. O primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP) já deixa claro que no final de julho será escolhido o novo presidente da Câmara (veja o vídeo ao lado).