Legado ambiental da Olimpíada Rio 2016 é um fiasco para a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na candidatura do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos 2016,o dossiê apresentado ao Comitê Internacional previa a despoluição da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas. Além de ações de limpeza do esgoto na Barra da Tijuca e das demais regiões da “Cidade Maravilhosa”.
O resultado é pífio, segundo um relatório do TCU, que será concluído até o final de agosto. Em seguida será submetido ao plenário do tribunal. Segundo técnicos ambientais não há nada relevante de concreto realizado na área ambiental.
O que se vê, na Lagoa Rodrigo de Freitas é uma ação paliativa. Barcos de pequeno porte que coletam lixo na superfície da lagoa. São retirados dejetos como geladeiras, fogões, sofás entre milhares de embalagens plásticas e outros.
Embuste – Em agosto de 2009, foi anunciado um projeto para despoluir a Lagoa Rodrigo de Freitas. Atualmente, “ex-cartão” postal do Rio de Janeiro.
Foi prevista realização dos serviços de limpeza e filmagem, com uso de um robô, das galerias de águas pluviais do entorno da lagoa. O objetivo era descobrir lançamentos clandestinos de esgotos nas galerias pluviais.
Fruto de parceria entre a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio (Cedae) e EBX. Isso mesmo, aquela empresa do Eike Batista. Custo do embuste, R$ 500 mil, com duração de 60 dias.
O TCU tem muito a relatar sobre o legado ambiental da Olimpíada. E as gestões estaduais, tanto a atual quanto às anteriores, também têm muito a explicar. Um bom tema para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Com focos nos gastos exorbitantes e na eterna situação caótica ambiental da lagoa. Que tal, senhores parlamentares estaduais e federais?